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PALESTRAS E ENCONTROS

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quinta-feira, 18 de junho de 2009

PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

Comunicação é a troca de mensagens entre duas ou mais pessoas ou grupos. A palavra comunicação vem do latim comunicatio – onis, que quer dizer: ato de dividir, repartir, comunicar, conversar, revelar.
Comunicar exige que se coloque algo em comum: idéias, notícias, sentimentos, emoções... É um ato constante de dar e receber. O ser humano é, antes de tudo, um ser que se comunica.

COMUNICAR É UMA EXIGÊNCIA DA VIDA EM SOCIEDADE
Ninguém consegue viver o tempo todo sozinho, isolado de outras pessoas com quem possa se comunicar. Mesmo no meio da multidão podemos nos sentir isolados dos outros. Hoje, nas grandes cidades, a falta de comunicação entre as pessoas tem sido uma das principais causas de depressão, angústia e suicídio. A solidão é um dos principais desafios da sociedade atual. Comunicar, para o ser humano, não é uma opção. É uma necessidade e direito!
A comunicação é um processo. É um conjunto de atitudes que se combinam e resultam na transformação das pessoas envolvidas
Comunicar é uma arte, pois:
· Resulta de um aprendizado;
· Pode-se ensinar;
· Pode-se aprimorar sempre;
· Envolve a pessoa humana integralmente em todas as suas dimensões;
· Exige habilidade, capacidade, talento, esforço e doação de si;
· Humaniza, ajuda a pessoa humana a se realizar cada vez mais.


ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
a) Transmissor e receptor: O processo de comunicação começa quando uma pessoa toma a iniciativa e aborda uma outra. Abordar ou interpelar é o mesmo que chamar a atenção de alguém para o que queremos lhe dizer. O transmissor ou emissor é aquele que toma a iniciativa. Ele transmite, ou seja, partilha sua mensagem com o receptor – a pessoa a quem se destina a mensagem transmitida.
b) Mensagem: É o conteúdo, é a idéia que está sendo comunicada. Na catequese a mensagem central é a Boa Notícia do Reino de Deus. Freqüentemente, na catequese, o catequista é transmissor da mensagem e em outros momentos, o transmissor é o catequizando. A transmissão da Boa Notícia é uma via de mão dupla: sempre tem espaço para o retorno. A mensagem vai e volta, já enriquecida com a experiência do receptor. Numa catequese em que o catequista é sempre o transmissor e o catequizando é sempre o receptor, a qualidade da comunicação fica prejudicada. A comunicação estará completa quando as pessoas envolvidas se alternarem nos papéis de transmissor e receptor. Catequista e catequizando são os sujeitos da comunicação com igual responsabilidade.


Ninguém nasce sabendo comunicar. É um aprendizado que dura a vida toda.


SUGESTÕES PARA FACILITAR O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
1- Organizar oficinas de leitura crítica sobre jornais, revistas, livros, imprensa.
2- Organizar dias de reflexão para melhorar e aprofundar a comunicação na comunidade.
3- Incentivar a criação de uma “Agência de Notícias” em nível de comunidade e/ ou paróquia.
4- Fazer uso da Internet e do correio eletrônico (e-mail).


CONVERSANDO E RESPONDENDO:
· O que é transmissor?
· O que é receptor?
· Por que é importante que catequistas e catequizandos se alternem nesses papéis?


Fonte: Folheto Ecoando 26 - formação interativa com catequistas - Editora Paulus

CATEQUIZANDO OU ALUNO?

O catequizando é um ser humano, uma pessoa que precisa ser assistida, amada, orientada e educada na fé.
A pedagogia escolar, nas antigas estruturas pedagógicas, trata o ser humano como aluno. O professor passa sua idéias, suas teorias bem formuladas e bem elaboradas para seus alunos.
A educação à fé ou catequese não é arte de passar idéias, mas a arte de apresentar o projeto de Deus na vida do catequizando, deixando-o se entusiasmar por Ele para viver esse projeto. O catequista deve ajudar a pessoa a descobrir o apelo do Espírito Santo à conversão e ao compromisso cristão.
O catequista, para acolher alguém como “catequizando” e não como “aluno”, deverá beber na pedagogia de Jesus Cristo.

CARACTERÍSTICAS DA PEDAGOGIA DE JESUS:
1-
Ele conhecia a realidade de seus catequizandos, os seus discípulos; conhecia os seus trabalhos, suas tradições, sua fé.
2- Jesus era sensível a realidade. Ele falava do Reino a partir da realidade das pessoas; conhecia as suas preocupações, suas lutas e suas alegrias.
3- Jesus acolhia as pessoas. Estava sempre com o povo, principalmente com os pobres, com as crianças e com os pecadores. Visitava as pessoas, dando a todos atenção e apoio (Jo 11,35) e acabou entregando a sua vida pelos amigos (Jo 14,18; 15,13).


A partir desta pedagogia de Jesus o catequista deve:
· Procurar conhecer o catequizando como pessoa, como ser humano com quem se relacionará por um certo período de tempo;
· Respeitar suas características pessoais que se manifestam nas diferentes faixas etárias;
· Proporcionar um ambiente comunitário para ajudar os catequizandos nas suas necessidades e aspirações;
· Superar a tentação de fazer de um encontro catequético um doutrinamento meramente receptivo, passivo;
· Fazer com que o catequizando parta da sua experiência, desenvolva seus valores e seja o protagonista da sua educação à fé.


Conversando e Respondendo:
Descobrir os aspectos essenciais de um “aluno” e de um “catequizando” a partir desta entrevista:
· Promover a encenação de um diálogo com 6 catequizandos, perguntando a cada um deles:
- Como poderei lhe educar na fé:
E o catequizando responderá:
1- Para você me educar na fé, você precisa me conhecer, precisa saber da minha vida, meu modo de viver e sobreviver; conhecer as verdades pessoais e fatos nos quais eu creio e aos quais me agarro nos momentos de solidão, desespero e sofrimento.
2- Para você me educar na fé, você precisa me encontrar lá onde eu existo, quer dizer, no coração das coisas, nos mitos e nas lendas, nas cores e movimentos, nas formas originais e fantásticas, na terra e nas estrelas.
3- Para você me educar na fé, você precisa estar comigo onde eu estou, mesmo que você venha de longe e que esteja muito adiante ou muito para traz. Só há um adiante para mim: aquilo que eu construo e conquisto a partir de mim mesmo e do meio em que eu vivo.
4- Para você me educar na fé, você precisa compreender a cultura do contexto em que se dá o meu crescimento, pois suas linhas de força são as minhas energias, suas crenças o meu credo e as minhas esperanças.
5- Para você me educar na fé, você precisa acreditar que a “educação da fé” que eu necessito é aquela que me faz mais eu, que desperta, do mistério do meu ser, as potencialidades adormecidas dentro de mim. Uma educação que promova a minha identidade pessoal.
6- Para você me educar na fé, você precisa conhecer a minha espiritualidade, a iniciação cristã que recebi de minha família e conhecer tudo aquilo que acredito e procuro viver para ser feliz com o meu Deus.
(Adaptação do texto de Vital Didonet)


Fonte: Folheto Ecoando 25 - formação interativa de catequistas - Editora Paulus